quinta-feira, 13 de agosto de 2009

ASPECTOS CULTURAIS - ÁFRICA DO SUL

O apartheid não poupou a cultura sul-africana. Sob esse regime, montaram-se uma imprensa, rádio e televisão distintos para cada etnia. Essas limitações não impediram, porém, o desenvolvimento cultural: a língua africâner é tão forte quanto a tradição e, em seu processo de desenvolvimento, percorreu um longo caminho a partir das origens holandesas. As duas principais literaturas do país são a africâner e a de língua inglesa. Alguns escritores fazem uso literário da língua zulu. Em função do apartheid, desenvolveu-se uma literatura de protesto praticada por negros e mestiços na clandestinidade ou no exílio. É forte a presença de temas raciais em quase todas as manifestações literárias do país.Outras formas de cultura negra, embora até certo ponto isoladas e fracionadas, têm um rico acervo. A música, o artesanato, as danças e as religiões tradicionais não foram abandonadas, apesar da europeização dos costumes de grande parte dos habitantes. Sobretudo até a década de 1980, porém, todas essas manifestações enfrentaram pesados entraves burocráticos e uma rígida censura.O cinema nasceu na África do Sul com os cinegrafistas que filmaram a guerra dos bôeres. A partir de 1914, firmas britânicas começaram a produzir filmes no país. Com o cinema sonoro, na década de 1940, a língua africâner entrou para as salas de projeção. O governo financiou o cinema, que no entanto também se desenvolveu no quadro do apartheid. Somente na década de 1950 começaram a surgir filmes com atores negros. Marcou época Majuba, baseado num romance histórico de Stuart Cloete. É o mais ambicioso filme sul-africano dessa época com um elenco exclusivamente negro.

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